Agenda de desenvolvimento de um novo currículo escolar, que contemple as complexidades do novo mundo em que vivemos.
o que você acha que deveria ter aprendido na escola e não aprendeu?
A Educação do Novo Mundo é uma agenda por um novo currículo escolar brasileiro, em que a gente aprenda na escola o que o novo mundo que vivemos demanda de nós.
AS EDUCAÇÕES
A Educação do Novo Mundo parte do pressuposto que para termos os conhecimentos que o novo mundo demanda de nós, precisamos aprender 8 novas competências através de disciplinas específicas e de forma interdisciplinar com as disciplinas tradicionais.
01
POLÍTICA
Tudo é político.
Independentemente se você adora ou detesta a política.
Compreender como funciona o jogo político na prática - e não só na teoria - é essencial para compreender como mudar a nossa realidade.
É também a partir da política que nasce a compreensão de como exercer os nossos direitos e deveres.
02
03
CRIATIVO-EMPREENDEDORA-
TECNOLÓGICA
O futuro do trabalho será cada vez mais tecnológico. Portanto, aprender a linguagem do futuro é essencial.
Mas de nada vale o domínio da tecnologia sem o casamento com o estímulo à criatividade e o empreendedorismo, que são as habilidades que sempre fizeram com que novos negócios e soluções fossem criados.
Aprender a criar, a empreender e a dominar a tecnologia, portanto, são as chaves para a inovação.
SOCIOEMOCIONAL
O mundo mudou e com ele, a forma como nós nos entendemos, encaramos as nossas frustrações e nos relacionamos com os outros.
Para sobreviver esse novo mundo, é preciso inteligência emocional - essa 'soft skill' que o mercado de trabalho tanto cobra vai muito além de uma demanda habilidade profissional.
Se entender, lidar com traumas, ansiedade, depressão, estresse, entre outros transtornos mentais é a capacidade de encontrarmos paz com nós mesmos.
04
PARA DIVERSIDADE
A sociedade finalmente parece estar reconhecendo os direitos que as mulheres, que os negros, que os LGBTs, que as pessoas com deficiência, que as pessoas de diferentes regiões, povos e religiões têm.
Mas esse é um processo de embate. A gente continua vendo os sinais do machismo, do racismo, da homofobia, do capacitismo, da xenofobia e da intolerância religiosa fazer parte da nossa sociedade.
Simultaneamente a isso, ainda vivemos um embate pelo direito e pela liberdade dos nossos corpos, pelo direito e pela liberdade de nós relacionarmos com quisermos, da forma que quisermos, tendo o nosso consentimento e nosso espaço garantidos e respeitados.
a educação para diversidade é uma educação:
• feminista
• antirracista
• antiLGBTfobia
• anticapacitista
• antixenofobia
• anti intolerância religiosa
• sexual
05
ALIMENTAR
Vivemos a contradição em que há insegurança alimentar em todas as partes do mundo, mas muita comida é desperdiçada e simultaneamente, o Brasil tem oferta abundante de alimentos.
A desigualdade social afeta a nossa alimentação também - quem tem menos recursos é submetido a opções menos saudáveis.
Precisamos aprender a fazer escolhas alimentares que nos dêem saúde, que nos dêem energia, que nos dêem autonomia.
Precisamos aprender a fazer um prato colorido e equilibrado. Precisamos comer sem ser movidos pela fome, ansiedade ou só pensando em estética, com prazer ao se alimentar.
06
MIDIÁTICA
A internet mudou muito a forma como a gente consome informação, opinião, publicidade e entretenimento nas últimas décadas. E como consequência disso, ficou cada vez mais difícil para o público saber reconhecer a diferença entre eles.
Qual é a melhor forma de procurar uma informação ou tema pra se aprofundar: o Google, o Youtube, um blog, a TV, o rádio, um podcast, uma revista, as próprias redes sociais ou um jornal impresso ou digital?
Como saber separar cada tipo de conteúdo, quem é qualificado de quem não é para falar do que fala, qual é o conteúdo que tem um processo jornalístico adequado para sua produção, qual é o entretenimento que falta ética na sua produção? Essas são perguntas que a nossa falta de compreensão da forma como consumimos produtos midiáticos escancaram e que precisamos mudar.
07
AMBIENTAL
Tá fazendo frio no calor e calor no frio, as chuvas tão cada vez mais intensas, destruindo cidades e matando pessoas, isto é - quando não rola escassez hídrica pesada. Icebergs estão desmoronando e estruturas rochosas também. O céu está ficando preto por conta de fumaça e a nossa biodiversidade está morrendo.
E ainda assim, há quem ache exagerado dizer que existe um ataque orquestrado ao meio ambiente e que a gente vive numa emergência climática.
Como consequência disso, acontecem mudanças climáticas de diferentes tipos, em diferentes níveis no mundo todo.
Entender exatamente o impacto das nossas ações no meio ambiente e mais importante, o como a gente muda elas, é urgente.
08
FINANCEIRA
Calcular um imposto de renda, ser submetido a taxas de juros exorbitantes, aprender a poupar, entender se a quantidade de impostos que a gente está pagando por um produto ou um serviço tá correto e é justo, ter que financiar e parcelar tudo que a gente quiser comprar: esses são alguns dos sintomas do nosso país em relação ao dinheiro.
73% da população brasileira não consegue poupar. Isso é reflexo de um país desigual socialmente como o nosso, em que 90% dos brasileiros ganham menos de 3500 reais por mês. Mas também é verdade que a organização financeira é um dos caminhos para emancipação financeira, porque ela é a base para que a gente possa tomar melhores decisões em relação ao nosso dinheiro e não esteja sempre devendo.
O QUE QUEREMOS?
1.
mapear organizações, especialistas, ativistas e influenciadores que lutam para a aplicação prática de cada uma das Educações do Novo Mundo no Brasil e no globo.
compilar os esforços, sucessos e desafios que esses stakeholders possuem para a aplicação prática de cada uma dessas educações.
2.
3.
desenvolver esforços coletivos para a aplicação prática de cada uma das Educações do Novo Mundo na política pública brasileira.
mapear
compilar
criar soluções
influenciar.
QUEM FAZ?
Prazer,
Thaís Chaves.
Jornalista de formação, tem experiência em diversos campos da Comunicação, ao mesmo tempo em que atua com Articulação, Mobilização e Gestão de projetos políticos, ativistas e de causas do terceiro setor.
Tem como causa do coração o desenvolvimento de um novo modelo de educação para emancipação cidadã, o desenvolvimento sustentável e a democratização da democracia através da Educação do Novo Mundo.